Nome contacto: João Manuel Torrão
Rua Cabeço do Nuno, 6, Vale de Ílhavo
3830-155 Ílhavo
GPS: 40°34'25.9"N, 8°39'26.6"W
O mundo rural e a sua cultura tradicional estão na base das tradições do Carnaval de Vale de Ílhavo e dos seus Cardadores que, mais do que simbolismo histórico, se apresenta com toda a sua alegria, crítica social e fenómeno de socialização de todos os seus participantes, mesmo que não usando máscara. Participe desta festa que celebra a ruralidade de forma já pouco habitual, embrenhe-se nesta fresca tradição local.
Todos os anos, em Vale de Ílhavo, primeiro no Domingo Gordo e depois no dia de Carnaval, saem à rua um grupo mascarados, conhecido como Cardadores - icónicas figuras desta localidade.
Os Cardadores são um grupo exclusivamente masculino, na sua maioria solteiros e de origem perdida nas raízes do tempo, utilizando cardas – objetos tradicionalmente utilizado para o tratamento, na fiação e tecelagem, de lã ou linho. A sua preparação, que é efetuada através de um sigiloso processo de iniciação juvenil, inclui desde a execução das máscaras à aprendizagem dos rituais a ter durante os festejos, sobretudo a cardação das raparigas e as danças e urros que lhes são característicos.
O carnaval tradicional de Vale de Ílhavo envolve, além dos Cardadores, desde crianças a idosos, organizados em associações, e muitos visitantes, que assistem ao desfile ou participam dos bailes populares. Este desfile, genuinamente português e em torno das tradições da terra, mantém a tradição de sátira e critica social, sendo organizado pela associação local “Os Baldas”. A abertura do carnaval é dada, em arruada, pelos Tó-Có-Corno, um insólito grupo, associado aos Cardadores, que percorre Vale de Ílhavo, a anunciar os festejos, como o seu nome indica, tocando corno ou búzio.
Vale de Ílhavo é uma localidade, de características marcadamente rurais, localizada no extremo sudeste do Município de Ílhavo, que é também conhecida pelas suas padeiras, que confecionam as tradicionais padas (pão tradicional) e folares tão apreciadas na região.
As máscaras são feitas com cotim, pele de carneiro, cortiça, bigodes de vaca ou de boi, duas asas de ave, fio, gazetas (fitas), fio de vela e perfume “Tabu”. O traje é constituído por roupa interior de mulher: a combinação, um lenço de tricana, meias e sapatilhas.
Também em Vale de Ílhavo, por alturas da Páscoa, se realiza esta festa rural tipicamente profana, celebrada pel’Os Baldas desde 1974, e assente no imaginário cristão. Judas foi o traidor de Cristo, devendo os seus males ser expiados pelo fogo, e que inclui o seu enforcamento, cortejo fúnebre, leitura do "testamento", culminando, à meia noite, com a sua queima, na melhor tradição da diversão e crítica popular rural.
Seria a zona de Vale de Ílhavo, durante os séculos XVII a XIX, caracterizada por muitas levadas e azenhas. De tal forma que não é de estranhar a arreigada, e afamada, tradição de produção de pão – padas e pão doce (folar), que aqui existe e que se encontra em cada rua e em cada beco. Aliás, a Padeira de Vale de Ílhavo é uma figura emblemática do Município de Ílhavo, a que se associa a sua identidade cultural, e representada na estátua que as homenageia, na Rua do Cabeço do Nuno com a Rua da Felicidade.
Nome contacto: João Manuel Torrão
Rua Cabeço do Nuno, 6, Vale de Ílhavo
3830-155 Ílhavo
GPS: 40°34'25.9"N, 8°39'26.6"W
Nome contacto: Fábio Oliveira
Rua da Fonte, 5
3830- 279 Vale de Ílhavo, Ílhavo
GPS: 40°34'21.1"N 8°39'10.6"W
Rua da Fonte, 5
3830- 279 Vale de Ílhavo, Ílhavo
GPS: 40°34'21.1"N 8°39'10.6"W
Rua Cabeço do Nuno, 8
3830 - 155 Vale Ílhavo, Ílhavo
GPS: 40°34'25.9"N 8°39'26.0"W